terça-feira, 18 de setembro de 2007

 

Qual é o certo?

FLUIDO e FLUÍDO

Quando for substantivo (mecânica dos fluidos, fluido de isqueiro, fluido de freios, maus fluidos) ou adjetivo (substância fluida, imagem fluida), a vogal tônica será sempre o "U", e o vocábulo vai ter duas sílabas (flui-do). Só quando for particípio do verbo fluir é que vamos ter fluído — agora sim, com acento no "I" e com três sílabas (flu-í-do).

AJA e HAJA

Em "Espero que ele aja de forma correta", "aja" pertença ao verbo "agir" (sendo escrito sem "h"). Já em "Haja o que houver, estarei sempre a teu lado", trata-se de haja do verbo "haver" (com "h").

"DESENCARGO ou DESCARGO?

"Desencargo" é a forma preferida por autoridades do nível de um Houaiss, por exemplo, que dão "descargo" como antiquada e ultrapassada. O Aurélio também: no verbete "descargo", manda ver "desencargo", o que deixa clara a sua preferência. Aliás, se 9 entre 10 brasileiros escolhem "desencargo", isso é significativo em termos de Lingüística. Com o apoio, agora, de nossos dois maiores dicionaristas, a questão parece terminada.

"Aproximei-me O quanto pude" ou "Aproximei-me quanto pude"?

"Aproximei-me o que pude", "aproximei-me o máximo que pude", "leve o quanto puder", "gastei o mínimo", etc. — sempre teremos aquele O, que uns interpretam como um pronome, outros como um artigo que acompanha um substantivo elíptico (oculto) na frase. Seja ele o que for, acho que sempre deveríamos usá-lo. Alguns autores o consideram desnecessário em construções como "gaste [o] quanto quiser", "economize [o] quanto puder", mas o uso literário parece ter preferido manter este O.

24/07/07

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