segunda-feira, 2 de julho de 2007

 

CURIOSIDADES

PALIMPSESTO

Os palimpsestos são pergaminhos que, depois de lavados e raspados para apagar o texto primitivo, são reutilizados para outro texto; o próprio nome já diz: " palim" (Grego, "de novo") e "psestos" ("raspar"). O pergaminho sempre foi caro e escasso, já que é, nada mais, nada menos, que o couro de uma ovelha ou de uma cabra beneficiado e aparado para formar uma grande folha de escrever. Os monges copistas da Idade Média na falta de material para trabalhar, muitas vezes, recorreram a esse expediente de reciclar o material já usado. O processo era muito simples, dadas as características naturais dos pergaminhos: estes eram couros curtidos, lavados, raspados cuidadosamente com lâminas especiais e com pedra-pomes e depois branqueados com gesso ou cal. Para reutilizá-los, bastava lavá-los com uma solução alcalina, para remover a tinta, e poli-los mais uma vez com pedra-pomes. Do ponto de vista prático, era muito mais rápido e econômico reciclar um pergaminho usado do que fabricar um novo.
Podemos avaliar quantas obras importantes não foram apagadas, para que se copiassem tratados ou comentários que, na cabeça do ingênuo copista, valia a pena preservar! Além disso, estudos modernos sugerem que a Igreja primitiva também se aproveitou desse costume para estabelecer uma forma de censura prática: obras dos autores "pagãos" da Antigüidade iam sendo substituídos por textos religiosos e edificantes. Felizmente as técnicas medievais não eram muito avançadas e não conseguiam remover totalmente o pigmento da tinta do texto primitivo, permitindo que aparelhos modernos de radiografia e de infravermelho "leiam" o que está escrito por baixo do texto atual. Por exemplo, foram descobertos, debaixo das inocentes páginas de um livro de rezas, vários textos inéditos de Arquimedes sobre Matemática; grande parte da obra "De Re Publica", de autoria de Cícero, que era considerada perdida, foi achada sob o texto de um livro de Santo Augustinho. Sabe-se lá o que ainda poderá ser encontrado, nos museus e nas bibliotecas, debaixo do texto de centenas de milhares de folhas manuscritas!

VESPERTINO / VESPERAL / VÉSPERA

A estrela Vésper - na verdade o planeta Vênus - é a primeira que aparece no céu, à tarde, antes mesmo que anoiteça; logo, ela precede a noite, não a manhã e, por isso, vespertino se refere à tarde (mais precisamente, à segunda metade da tarde). Vesperal é uma sessão de cinema ou de teatro realizada à tarde, forma que os puristas recomendavam para substituir o afrancesado matinê. Vésperas, que hoje designa o dia anterior, era um antigo sinônimo para a tarde.

Não confunda FLUORESCENTE com FOSFORESCENTE

Fosforescente: que tem a propriedade da fosforescência*, é o que brilha no escuro: o mostrador do relógio é fosforescente.

*Propriedade que têm certos corpos de brilhar na obscuridade, sem espalhar calor; luminosidade que as águas do mar apresentam, por vezes, quando agitadas pelo vento ou cortadas pela proa da embarcação, e resultante sobretudo da presença de animais microscópicos; brilho, clarão; (Fís.) forma de fotoluminescência em que a emissão de luz persiste um tempo considerável (de 1 microssegundo a muitos minutos) depois de haver cessado a absorção da radiação excitadora; emissão de radiação eletromagnética, esp. luz visível ou ultravioleta, por um estado tripleto.(Dic. Aurélio)

Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência*.
As lâmpadas que usamos são à base de flúor, por isso, são fluorescentes.

*Forma de fotoluminescência em que a emissão de luz desaparece tão logo cessa a absorção da radiação excitadora; emissão de radiação eletromagnética, esp. luz visível ou ultravioleta, por um estado singleto. (Dic. Aurélio)
03/07/07

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