sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

 

Particípio - Gente/nós

PARTICÍPIO

"Qual das formas é a correta? 'Eu havia entregado o pacote' ou 'Eu havia entregue o pacote'?" - Rodrigo - Centro

Particípio são formas como "falado", "beijado", "partido".... Há verbos, muitos verbos, que têm dois particípios. Na hora de escolherem entre um e outro, as pessoas comumente ficam em dúvida. Dois exemplos: o verbo "salvar" tem dois particípios, "salvo" e "salvado". O verbo "entregar" também: "entregado" e "entregue".
Nesse caso, a correta é "Eu havia entregado o pacote". Este é o que as gramáticas chamam de particípio longo, regular, que termina em "-ado" ou "-ido". O particípio longo é usado quando o verbo auxiliar é "ter" ou "haver". Os particípios curtos, irregulares, como "salvo" e "entregue", são usados quando o verbo auxiliar é "ser" ou "estar". Portanto:

Particípio longo
Eu havia entregado o pacote.
O professor tinha expulsado o aluno da sala.

Particípio curto
O pacote foi entregue.
O aluno foi expulso.

Claro que essa regra vale apenas para verbos que têm dois particípios. Nos verbos com um único particípio, não há escolha. O verbo "fazer", por exemplo, tem um só particípio. Não se diz "Eu tinha fazido a comida", e sim "eu tinha feito a comida".
Cuidado com o verbo "chegar": apesar de muitos dizerem "Eu tinha chego", na língua culta, o particípio desse verbo é "chegado". Em situações formais, diga e escreva sempre "Eu tinha chegado".

GENTE / NÓS

"Afinal, podemos ou não utilizar a expressão 'a gente' no lugar de 'nós'?" - Cássia - Parque São Pedro

Dizer que não há problema nenhum em usarmos a expressão no dia-a-dia, na linguagem coloquial, contraria muitas pessoas, para quem esse uso da palavra "gente" deveria ser abolido de vez.
Evidentemente não é possível eliminar a expressão da língua do Brasil, mesmo porque seu uso já está mais do que consagrado. Mas quando ela é de fato mais lícita? No bate-papo, na linguagem informal. No texto formal, ela está fora de questão.
O uso da expressão "a gente" em substituição a "nós" é tão forte que algumas vezes dá origem a confusões. Na linguagem coloquial, no entanto, diz-se sem problema "a gente não fez nosso dever", "a gente não sabia de nosso potencial" etc.
No bate-papo, no dia-a-dia, na canção popular, não seria inadequado o emprego da palavra "gente" - que nos perdoem os conservadores. Porém, tenha cuidado, pois não é possível aceitar construções como "a gente queremos".

25/12/06

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

 

Tire sua dúvida!

ARROCHAR ou ARROXAR?

"Qual é a diferença entre 'arrochar' e 'arroxar'?" - Laura - Cassino

Todos sabemos que em muitas situações o "x" tem o mesmo som que o grupo "ch". Isso muitas vezes nos deixa em dificuldades na hora de escrever.
O vócabulo "arrochar" é escrito com "ch" e significa apertar. Os dicionários dizem que "arrochar" com "ch" é palavra de origem obscura, ou seja, não se sabe ao certo qual é a origem, mas se sabe que o significado é esse.
Existe também "arroxar", com "x", forma equivalente a "roxear" e "arroxear". Ambos os termos dizem respeito à palavra "roxo". Então "arroxar", "arroxear" e "roxear" significam "tornar(-se) roxo".

MAL

"Quais são os três valores gramaticais da palavra 'mal'?" - Cíntia - BGV

"Mal" pode ser advérbio.
Aquele jogador joga mal (em que "mal" designa o modo como alguém joga).

"Mal" pode ser substantivo.
Nunca pratique o mal; pratique sempre o bem.

"Mal" pode ser conjunção indicativa de tempo (equivalendo a locuções como "logo que", "assim que", "imediatamente depois que").
Assim que você saiu...
Logo que você saiu...
Mal você saiu, ela chegou...

Outra dúvida em relação a essa palavrinha diz respeito a sua grafia. Isso ocorre porque também existe "mau", com "u". Para resolver essa questão, há uma dica muito útil: "mau" com "u" se opõe a "bom"; "mal" com "l" se opõe a "bem".
Ronaldinho joga bem. (Ronaldinho joga mal.)
Ronaldinho é bom jogador. (Ronaldinho é mau jogador.)

Caso você esqueça quem é o contrário de quem, coloque em ordem alfabética: "mal" vem antes de "mau" e "bem" vem antes de "bom".

VIGIR ou VIGER?

"Na frase 'A lei estará em vigência no próximo mês', deve-se dizer que ela vai vigir ou vai viger?" - Júlio - Vila da Quinta

A palavra "viger" é a forma correta e faz parte do chamado jargão jurídico e é pouco usada em nosso dia-a-dia.
Viger = estar em vigência, entrar em vigor, vigorar.
Quando a lei vige, ela está em vigor. Quando ela ainda não vige, mas vai viger, então entrará em vigor. Escreva sempre "viger", e não "vigir".

19/12/2006

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

 

Uso do hífen com os prefixos

SUBDELEGADO ou SUB-DELEGADO?

"A palavra 'subdelegado' tem ou não hífen?" - Luciana - Trevo

O prefixo "sub-" só exige hífen quando se associa à palavra que começa por "r" ou "b": (sub-base, sub-bibliotecário, sub-raça, sub-reptício, sub-reitor...).
Assim, "subdelegado" não tem hífen, porque a palavra "delegado" não começa com nenhuma das duas letras: "b" ou "r".
Veja algumas palavras que não levam hífen: suboficial, subchefe, subgerente, subsolo, subterrâneo, subaxilar, subestimar.
Você percebeu que nessa lista não há a letra "h"? Isso quer dizer que não há hífen. Então deve-se escrever "subhumano"? Não. Você escreve "subumano" (o "h" some).

FALANDO NO ASSUNTO...

Para a maioria dos prefixos, vale o hífen se o radical da palavra seguinte começar com "h", "r", "s" e vogal. É o que acontece com os prefixos: auto- (auto-serviço), intra- (intra-arterial), semi- (semi-árido), contra- (contra-regra), infra- (infra-estrutura), pseudo- (pseudo-autor), ultra- (ultra-humano), proto- (proto-actínio), neo- (neo-realista), supra- (supra-renal), extra- (extra-oficialmente / exceção: extraordinário).
Segundo essa regra, não é possível escrever com hífen as palavras "autoconfiança", "contracapa", "extraconjugal", "infravermelho" etc. Nenhuma delas tem seus radicais iniciados por "h", "r", "s" ou vogal.

Os prefixos "anti-", "ante-", "arqui-" e "sobre-" exigem hífen quando o radical começa com "h", "r" e "s" (anti-horário, ante-sala, arqui-rabino, sobre-humano). Então, cuidado com antiinflamatório e antiinflacionário que começam com vogal (por isso, sem hífen).

Veja agora os prefixos que só exigem hífen quando se juntam a palavras que começam por "h" e "r": "inter-", "hiper-" e "super-": inter-regional, hiper-raivoso, super-homem.

Já com os prefixos "circum-", "com-", "mal-" e "pan-", usaremos hífen somente mediante vogal e "h": circum-ambiente, com-aluno (mesmo que co-aluno), mal-acabado, pan-americano.

"Entre" (usado como prefixo) exigirá hífen somente mediante "h": entre-hostil.

Essas regras de uso do hífen com os prefixos são um pouco massacrantes, porém, na dúvida, vale sempre consultar um dicionário.

12/12/2006

 

Com dúvidas???

VOCÊ

"O pronome 'você' pertence à segunda pessoa ou pertence à terceira pessoa do singular?" - Roberta - BGV

Em primeiro lugar, é bom lembrar a origem da palavra "você": Vossa Mercê > Vossemecê > Vosmecê > você.
De início, o pronome de respeito "Vossa Mercê" era um pronome de formalidade, mas acabou se tornando, no Brasil, pronome de intimidade, que se usa entre iguais. "Você" conjuga verbo na terceira pessoa (Você é / você pode / você diz).
Para que não fique nenhuma dúvida: na estrutura do discurso, "você" é da segunda pessoa, é o interlocutor; por outro lado, "você", como os demais pronomes de tratamento (senhor, vossa senhoria etc.), pede o verbo conjugado na terceira pessoa, e não na segunda pessoa.

S.O.S ou SOS?

"Qual é a forma correta: S.O.S ou SOS?" - Victor - Cassino

A forma correta é S.O.S., com pontos, sigla originária do inglês e que internacionalmente significa "save our souls", salve nossas almas.

TELEVISÃO

"O correto é 'televisão em cores' ou 'televisão a cores'?" - Tatiane - F. E. Buchholz

Alguns autores argumentam que "a cores" se impõe pelo uso. Se você não quiser gerar discussão, opte por televisão "em cores", forma absolutamente correta.
Lembremos que, se fosse aceita a forma "a cores", jamais esse "a" poderia receber acento indicador de crase, porque "cores" está no plural e, portanto, o "a" é tão-somente preposição, e não preposição acompanhada de artigo.
Seja como for, a expressão considerada pela quase totalidade dos gramáticos é "televisão em cores".

TELEFONE

"Qual a forma correta: 'estar no telefone' ou 'estar ao telefone'?" - Clarisse - Centro

Na verdade, não há consenso em relação a isso.
Um gramático tido como conservador, Napoleão Mendes de Almeida, defende a tese de que o correto é "estar no telefone", exatamente a forma consagrada no dia-a-dia no Brasil. Argumenta ele que seria galicismo, francesismo, dizer "ao telefone".
Porém, a maioria dos autores afirma que a preposição exigida é a preposição "a", pois esta indica proximidade (Falou ao telefone. / Sentou-se à mesa.).
A construção "estar ao telefone" causa menos polêmica do que "estar no telefone". Ainda que o uso cotidiano seja inegavelmente "estar no telefone".

EMBAIXO ou EM BAIXO?

"Como devo utilizar 'embaixo' e 'em baixo'? Juntamos ou separamos essas palavras?" - Carla - Hidráulica

Dependerá do contexto. Se for o contrário de "em cima", usa-se "Embaixo" (que constitui uma única palavra), porém, se a palavra "baixo" for adjetivo, então ela será autônoma. Observe os exemplos:
A criança se escondeu embaixo da cama.
Ele sempre se expressa em baixo calão.

05/12/2006

 

Curiosidades II

AS POETAS ou AS POETISAS?

"Qual é o certo? 'As poetas' ou 'As poetisas'?" - Carolina - Parque Marinha

O correto é a forma "as poetisas". Porém, muitas mulheres que escrevem poemas não querem ser chamadas de "as poetisas", preferindo a forma "as poetas"(como se a palavra poeta fosse comum de dois gêneros: "o poeta" e "a poeta"). Entretanto, nossos dicionários só registram a forma "poetisa" para o feminino de poeta.

HAVER

"Qual está correta: 'Havia crianças naquela praça' ou 'Haviam crianças naquela praça'?" - Anderson - Vila da Quinta

A primeira frase está correta (Havia crianças naquela praça). O verbo haver, quando está no sentido de existir, é impessoal (3ª pessoa do singular). Este é um dos casos de "oração sem sujeito". Exatamente por isso o verbo haver fica neutro, impessoal, pois ele não tem um sujeito com quem concordar. Os substantivos que complementam o verbo haver são considerados seu objeto direto.
E quando o verbo haver (ainda no sentido de existir) faz parte de uma locução verbal, ele transfere sua impessoalidade ao verbo auxiliar dessa locução, que permanece, por isso, no singular (Deve haver crianças naquela praça). Mas cuidado: o verbo existir é conjugado normalmente (Existem crianças naquela praça. / Devem existir crianças naquela praça.).

VIDE

"Gostaria de uma explicação para a palavra "vide", que aparece em medicamentos (vide bula) e em propagandas (vide verso)". João Ramos - Quitéria

A palavra "vide" deriva do latim "veja" e significa "fórmula para remeter a outro livro ou trecho" (dicionário Aurélio). Sendo assim, usa-se "vide" quando se quer remeter alguém a outro livro, capítulo, página, trecho. Abrevia-se v. ou V. (inicial maiúscula quando no início da frase). O imperativo do verbo ver é "vede", que se refere a "vós", pronome rarissimamente usado no Brasil, motivo pelo qual preferimos o latim "vide", que se traduz por "veja" ou até mesmo pelo infinitivo. Por exemplo: ver pág. 10. / Ver referência no final do capítulo.

PROIBIDO?

"Deparei-me com o seguinte aviso: 'É proibido a entrada de cães neste local', a concordância da palavra 'proibido' está correta? Não teria que ficar 'proibida'?" - Jaqueline - Cidade Nova

Com certeza, Jaqueline. A concordância do vocábulo proibido (assim como permitir) é feita da seguinte forma: se não existe um artigo ou uma preposição antes de "entrada", se não há nenhum determinante, o particípio passado dos verbos "proibir" e permitir" deve ficar no masculino. Mas, se houver algum determinante, o verbo deve, então, concordar com a palavra "entrada". Veja as formas corretas:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Não é permitido entrada.
Não é permitida a entrada.

DICA DA SEMANA - Caro leitor, tenha sempre à mão uma boa gramática e um bom dicionário para quando a tão "indesejada" dúvida surgir à sua frente. E tenha uma ótima consulta!

28/11/2006

 

Curiosidades I

ÍDOLO

"Ídolo tem feminino?" - Sandra - Cassino

Não se deve dizer "uma ídola". Independentemente do sexo, deve-se dizer "um ídolo".
Pelé é um ídolo de várias gerações.
A apresentadora Xuxa é um ídolo nacional.

Outra palavra que se enquadra nessa mesma regra é "carrasco". Assim como não existe a forma feminina "ídola", também não existe a forma "carrasca". Neste sentido, deve-se dizer: "Aquela mulher é um carrasco".

A PRINCÍPIO / EM PRINCÍPIO

"Como devo utilizar as expressões 'a princípio' e 'em princípio'?" - Suzana - Centro

"A princípio" significa inicialmente, no começo, num primeiro momento.
(A princípio, havia dez funcionários trabalhando naquela loja.), já "em princípio" significa em tese, antes de qualquer consideração, teoricamente (Em princípio, sou contra a pena de morte.).

FAX

"Qual é o plural, afinal? É 'fax' mesmo? Ou é 'faxes'?" - Ana Maria - Hidráulica

"Fax" é a redução da expressão de origem latina "fac-símile".
O plural de "fax" é "fax" mesmo. O artigo ou um outro determinante é que dará a marca de plural. Isso ocorre também com outras palavras terminadas em "x" que também não sofrem qualquer alteração: tórax, látex, ônix, etc.
Aqueles fax chegaram hoje pela manhã.
Os fax já foram enviados.

FRONTEIRA/ DIVISA / LIMITE

"Qual é a diferença entre 'fronteira', 'divisa' e 'limite'?" - Sérgio - BGV

Embora nossos dicionários não sejam rígidos quanto a essa distinção, deve-se optar pelo seguinte esquema:

fronteira: divisão entre países;
divisa: entre estados;
limite: entre municípios.

SÓS / SÓ

"A palavra 'Só' tem vários valores em português. Como posso utilizá-la?" - Willian -

A palavra "só" (quando modifica um substantivo ou pronome que represente substantivo) funciona como adjetivo (equivale a sozinho), sendo assim, varia em gênero e número.
Elas estavam sós. (significa dizer que elas estavam sozinhas).
Já funcionando como advérbio (quando modifica verbo, adjetivo e até mesmo outro advérbio), é invariável (não sofrendo alteração) e equivale a somente.
Só os professores participaram da reunião. (significa dizer que somente os professores participaram da reunião).

21/11/2006

 

Tire sua dúvida!

Estado ou estado

"O vocábulo "estado" deve ser grafado com maiúscula ou minúscula?" Roberto - Cassino

Devemos usar maiúsculas em "Estado" quando o vocábulo se referir à instituição: "O homem sente-se sufocado pela presença do Estado". Já as divisões administrativas de nosso país, devem ficar com inicial minúscula: "A falta de energia pode afetar todos os estados do Sul".

A par ou Ao par?

"Dizemos estar 'a par da conversa' ou 'ao par da conversa'?" Maria Eduarda - Barra

Estar a par é estar ciente. Logo, "estou a par da conversa", "já estou a par de tudo o que foi tratado", etc. Agora, "o peso argentino estava ao par com o dólar" (no mesmo valor cambial).

Colherinha ou Colherzinha?

"O diminutivo de colher é colherinha ou colherzinha?" Letícia - Trevo

Como no caso de muitos substantivos, podes tanto formar o diminutivo em -inho como em -zinho: colherzinha, colherinha; livrozinho, livrinho; meninozinho, menininho - e assim por diante.

Entretenimento ou entertimento?

"Afinal de contas, como se escreve a palavra "entertimento" ou "entretenimento?"
Douglas - Parque Marinha

O verbo é entreter (derivado de ter). De entreter, sai o substantivo entretenimento, que é a forma mais usada no português moderno.

Luísa e Luís

"Luísa deve ser escrito com Z para não ter acento ou é só Luís que deve ser acentuado?" - Maristela - Parque Coelho

O nome é Luís (feminino Luísa). No feminino, SEMPRE haverá acento - não importa se estiveres escrevendo com S ou com Z (por causa da regra do i tônico, depois de vogal, sozinho na sílaba ou seguido de S). No masculino é que a coisa muda: Luís (ou Luiz).

Seminovo ou Semi-novo?

"Gostaria de saber qual é o certo: 'seminovo' ou 'semi-novo'?" Denise - Vila da Quinta

O prefixo semi- só pode ter hífen antes de palavras começadas por H, R, S e vogais: semi-harpa, semi-reto, semi-sólido, semi-olímpica, etc. Antes das demais letras do alfabeto ele jamais vai ter hífen: semidireto, semicírculo e, inclusive, em seminovo.

Anexo e Em anexo

"Como uso as palavras 'anexo' e 'em anexo'? Qual delas não varia?" - Roberta - Vila Maria

O adjetivo "anexo" varia ("As notas seguem anexas"; "Os comprovantes seguem anexos"); a expressão "em anexo" não varia ("As notas seguem em anexo"; "Os comprovantes seguem em anexo").

Ao redor de e De redor de

"Quando devo usar 'ao redor de' e 'de redor de'?" - Luciana - F. E. Buchholz

Quando se está em volta de algo, pode-se usar não só estas duas expressões como também "em torno a", "em torno de". E existe ainda a expressão "em derredor de".
"Os alunos olhavam em redor de si com curiosidade".

14/11/2006

 

Casos que geram dúvidas

É xerox ou xérox?

"Eu sempre disse xeROX (com a tônica na última sílaba), mas já me corrigiram várias vezes para XÉrox. Afinal, qual é a forma correta? Leva ou não leva acento? Juliana - Cidade Nova

As pessoas sentem-se mais seguras no que se refere à escrita, porque esta, por sua própria função de registro, é mais estável - sem contar que existe, no Brasil, uma lei que ajuda a fixar uma grafia uniforme: afinal, sempre podemos consultar o vocabulário ortográfico (as palavras são relacionadas com a forma que a Academia considera correta). No que se refere à pronúncia, contudo, o falante precisa basear-se no exemplo das pessoas cultas e na opinião dos gramáticos e dos dicionaristas (é uma opinião especializada, mas é uma opinião).
O Aurélio registra as duas - xérox e xerox -, embora indique preferência pela primeira. A pronúncia xérox representaria uma volta ao molde que a própria língua já abandonou (que levaria a algo como télex, dúrex, pírex).
Abraços. Profª Leonor

Viajem ou Viagem?

"Saudações! Gostaria de saber quando empregamos as palavras viagem e viajem?" Paula - Centro

Em primeiro lugar, lembra sempre que todos os substantivos terminados em -agem (com exceção de pajem e de lajem) são grafados com "G". Viagem é o substantivo. Dele deriva o verbo viajar que, naturalmente, é obrigado a trocar o "g" por "j". Como todas as formas flexionadas de um verbo devem seguir a grafia de seu infinitivo, o presente do subjuntivo fica "viaje, viajes, viaje, viajemos, viajeis, viajem". Pronto: aí tens as duas formas. "Esta viagem não termina"; "Vamos começar a viagem"; "Espero que eles viajem cedo".
Abraços. Profª. Leonor

Por isso ou Porisso?

"Professora, várias vezes já chamaram a minha atenção dizendo que "porisso" não existe e que, em seu lugar, eu deveria usar "por isso". Será que isto procede?" Carla - Vila Maria

Não é correto usar "porisso". Na verdade, trata-se de uma locução formada pela preposição por mais o pronome isso; se fossem juntáveis, teríamos também as formas "poristo" e "poraquilo", com a mesma composição.
Há uma forte hesitação na hora de grafar esta e outras locuções, uma vez que é difícil, em muitos casos, determinar se estamos diante de elementos múltiplos, que devem ser grafados individualmente, ou se eles já são percebidos pelo sistema como um vocábulo único. Não estranhes, portanto, que se tente escrever porisso, apartir ou derrepente, erros que encontro por toda parte.
Abraços. Profª Leonor

Gratuito ou Gratuíto?

"Gostaria de saber qual é a grafia e pronúncia corretas. Afinal, é gratuito ou gratuíto?" - Andréa - Senandes

Prosódia é o estudo da pronúncia correta das palavras. Assim, cometer um erro de prosódia é, por exemplo, transformar uma palavra oxítona em paroxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona. Enfim, o correto é gratuito (assim como intuito, fortuito, etc.). Talvez a divisão silábica seja a causadora do erro (gra-tu-í-to), fazendo com que o i forme sílaba sozinho (o que não acontece com essa palavra, pois a correta divisão silábica é gra-tui-to).

07/11/2006

 

Diferenças Importantes

NACIONALIDADE / NATURALIDADE

- Nacionalidade: país de nascimento, condição própria de cidadão de uma nação;
- Naturalidade: município ou estado de nascimento.

POPULAÇÃO / POVO

- População: conjunto de habitantes.
A população daquela cidade teve que ser retirada às pressas por causa do acidente na usina nuclear.

- Povo: conjunto de cidadãos.
As últimas eleições revelaram um povo bem mais conscientizado politicamente.

PRÁ ou PRA?
"Pra" é redução de "para + a", não tendo acento gráfico, porque se trata de monossílabo átono.
"Pra frente, Brasil!"

PRAZEIROSO ou PRAZEROSO?
O termo correto é "prazeroso", sem o "i".

PREVILÉGIO ou PRIVILÉGIO?
A forma correta é "privilégio", como a do verbo é "privilegiar".

QUOTIDIANO ou COTIDIANO?
Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com "qu".
catorze / quatorze, cociente / quociente, cota / quota, cotidiano / quotidiano, cotizar / quotizar.

Observação: As palavras a seguir, porém, possuem uma grafia somente: "cinqüenta, cinqüentenário, cinqüentão, cinqüentona."

REIVINDICAR / REIVINDICAÇÃO
Os termos corretos são "reivindicar" e "reivindicação", e não "reinvindicar" e "reivindicação", como normalmente ouvimos e lemos por aí.

REPETIR DE ANO OU REPETIR O ANO?
A forma correta é "repetir o ano".
Os alunos que estão com notas baixas correm o risco de repetir o ano.

ROUBAR / FURTAR
- Roubar: com violência.
Parou num sinal vermelho e teve seu carro roubado por dois bandidos.

- Furtar: sem violência, ameaça, constrangimento.
O cleptomaníaco é aquele que tem a mania de furtar.

SERVIR O (AO)EXÉRCITO ou SERVIR NO EXÉRCITO?
Com o sentido de "prestar serviço militar", o verbo "servir" rege a preposição "em". Assim, o correto é dizer que "fulano serviu no Exército ou na Marinha", e não "serviu o Exército ou a Marinha, ou ainda "ao Exército ou à Marinha".

TAXA / IMPOSTO / TRIBUTO
- Taxa: tipo de tributo para o qual há uma contrapartida, a prestação de um serviço.
taxa do lixo - para que a prefeitura retire o lixo; taxa de iluminação pública - para que haja iluminação nas vias públicas.

- Imposto: tipo de tributo para o qual não há uma contrapartida específica. Assim, paga-se Imposto de Renda, porque se tem alguma renda; paga-se IPTU, porque se tem uma casa, um apartamento, um terreno; paga-se IPVA, porque se tem um automóvel, um barco, um avião.

- Tributo: é um termo genérico. Engloba taxas, impostos e contribuições. É tudo aquilo que pagamos para viver na "tribo", ou seja, em sociedade. Daí o "tribuno" para nos representar e o "tribunal" para julgar os que vivem na "tribo".

VERNISSAGE ou VERNISSAGEM?
Segundo os dicionários Aurélio e Michaelis , a grafia correta é "vernissage" e é um substantivo masculino.
Amanhã irei ao vernissage de minha irmã.

No entanto, o Vocabulário Ortográfico da ABL registra as duas formas: vernissage (substantivo masculino) e vernissagem (substantivo feminino). Assim sendo, nós podemos ir "ao vernissage" ou "à vernissagem".

31/10/2006

 

Regência Verbal

REGÊNCIA VERBAL - Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.

A seguir, alguns verbos que, na Língua Portuguesa, apresentam mais de uma regência, ou seja, são usados ora com preposição, ora sem preposição, dependendo do significado que queira dar.

ASPIRAR
- No sentido de "cheirar", "respirar", é usado sem preposição.
Aspirou o perfume do roseiral.

- No sentido de "pretender", "almejar", exige preposição a.
O jovem aspira a um cargo naquela empresa.

ASSISTIR
-No sentido de "ver", "presenciar", exige preposição a.
Assistiu a um ótimo espetáculo.

- No sentido de "prestar assistência", pode ser usado com ou sem preposição a.
O médico assiste o doente. / O médico assiste ao doente.

- No sentido de "morar", "residir", exige preposição em.
O Papa assiste no (em + o) Vaticano.

- No sentido de "caber", "pertencer", exige preposição a.
Assiste ao governo zelar pela saúde pública.

PROCEDER
- No sentido de "conduzir-se", não exige preposição. (seguido de adjunto adv. modo)
Aquele funcionário procedeu honestamente.

- No sentido de "ter fundamento", não exige preposição.
Essa notícia não procede.

- No sentido de "realizar", "dar início", exige preposição a.
Procedemos a uma investigação minuciosa.

- No sentido de "provir", "originar", exige preposição de.
Esta madeira procede do (de + o) Paraná.

QUERER
-No sentido de "desejar", não exige preposição.
Quero o livro que está no escritório.

- No sentido de "estimar", "querer bem", exige preposição a.
A mãe quer muito a seus filhos.

VISAR
- No sentido de "mirar" ou "pôr o visto", não exige preposição.
O caçador visou o alvo. (mirar)
A embaixada visou o passaporte. (pôr visto)

- No sentido de "pretender", "objetivar", exige preposição a.
Estas dicas visam a aprimorar culturalmente nossos leitores.

ATENÇÃO AGORA PARA A REGÊNCIA DOS SEGUINTES VERBOS

CHEGAR E IR - Exigem a preposição a (e não em).
Chegamos ao restaurante muito cedo.
Foi a São Paulo no último final de semana.

IMPLICAR - No sentido de "acarretar", "trazer como resultado", não exige preposição. (nesse caso, não se utiliza a preposição em)
Liberdade implica responsabilidade.. (certo)
Liberdade implica em responsabilidade. (errado)

OBEDECER / DESOBEDECER - exigem preposição a.
Os filhos obedecem aos pais.
Aqueles que desobedecem aos seus superiores muitas vezes se arrependem.

PREFERIR - exige dois complementos: um direto (sem preposição); outro indireto (com preposição a).
A criança prefere brincar a estudar.

OBS: é gramaticalmente incorreto utilizar "do que"
Prefiro teatro do que cinema.

24/10/2006

 

Parônimos e Homônimos

Em português existem palavras parecidas na grafia ou na pronúncia (parônimos), mas com significados diferentes; existem também palavras que possuem a mesma pronúncia e, às vezes, até a mesma grafia (homônimos), mas significados diferentes. Por isso, são comuns as dúvidas na grafia e o uso de uma no lugar de outra. Veja a seguir alguns exemplos de parônimos e homônimos.

PARÔNIMOS

Absolver – perdoar, inocentar
Absorver – aspirar, sorver

Aprender – tomar conhecimento
Apreender – assimilar

Comprimento – extensão
Cumprimento – saudação

Delatar – denunciar
Dilatar – alargar

Descriminar – tirar a culpa, inocentar
Discriminar – distinguir

Despensa – onde se guardam mantimentos
Dispensa – ato de dispensar

Despercebido - que não percebe
Desapercebido - desprovido

Docente – relativo a professores
Discente – relativo a alunos

Emigrar – deixar uma região ou país
Imigrar – entrar num país

Eminente – elevado, ilustre
Iminente – prestes a ocorrer

Estada – permanência de pessoas
Estadia – permanência de navios ou outros veículos

Flagrante – evidente
Fragrante – perfumado

Imergir – afundar
Emergir – vir à tona

Infligir – aplicar pena
Infringir – violar, desrespeitar

Ratificar – confirmar
Retificar – corrigir

Soar – produzir som
Suar – transpirar

Tráfego – trânsito
Tráfico – comércio

HOMÔMINOS

Acender – pôr fogo
Ascender - subir

Acento – sinal gráfico
Assento - lugar onde se senta

Caçar – capturar animais
Cassar – tornar sem efeito

Cela – quarto pequeno
Sela - arreio

Censo - recenseamento
Senso – entendimento, juízo

Cerração - nevoeiro
Serração – ato de serrar

Concerto – sessão musical
Conserto - reparo

Coser – costurar (ambos com s)
Cozer – cozinhar (ambos com z)

Cito – do verbo citar
Sito - situado

Esperto - perspicaz
Experto – experiente, perito

Espirar – soprar, exalar
Expirar - terminar

Espectador – aquele que vê, assiste
Expectador – aquele que espera

Incerto – impreciso, não certo
Inserto – inserido, introduzido

Incipiente - principiante
Insipiente - ignorante

São – sadio (adjetivo)
São – 3ª p. pl. do verbo ser

Seção/secção - divisão de um todo, parte, porção
Sessão - reunião
cessão - ato de ceder

Tacha – prego pequeno
Taxa – imposto, tributo

17/10/2006

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

 

Qual usar???

1- BASTANTE OU BASTANTES?

Funcionando como adjetivo - equivale a suficiente(s) - faz-se sua flexão de acordo com o substantivo modificado.
"Não há público bastante para que o espetáculo comece".
"Não há livros bastantes nesta biblioteca".

Funcionando como advérbio (quando modifica adjetivo, advérbio ou verbo) - "bastante" não varia, como não variam os demais advérbios que exercem esse papel.
"As atletas estavam muito/bastante nervosas".
"Elas escrevem muito/bastante bem".

2- BENVINDO OU BEM-VINDO?

A forma correta é "bem-vindo". Não existem as formas "benvindo" e "ben-vindo", porque o advérbio "bem" é com "m", e por serem duas palavras autônomas, formando uma palavra composta, são escritas separadamente e ligadas por hífen.

3- BENEFICENTE OU BENEFICIENTE?

O termo correto é "beneficente", e não "beneficiente". Assim, deve-se dizer também "beneficência", ao invés de "beneficiência".
No domingo, aquele clube vai promover um almoço beneficente para ajudar as crianças carentes.

4- CABELEIREIRO ou CABELEREIRO?
O termo correto é "cabeleireiro", derivado de "cabeleira".

5- COMPANHIA OU COMPANIA?
A forma correta desta palavra é "companhia", e não "compania", significando tanto "empresa", "firma", quanto "presença de uma pessoa", "convívio com alguém".

6- ENFARTE OU ENFARTO?
Deve-se empregar as formas "enfarte" ou "enfarto", tendo-se ainda a variante "infarto"; no entanto, a forma "infarte" é incorreta.

7-A GRAMA OU O GRAMA?
Quando substantivo feminino, "GRAMA" significa "vegetação rasteira", "relva"; como substantivo masculino, tem o sentido de "unidade de medida de massa".
A grama dauquela casa está muito alta.
O grama do ouro está com uma cotação bem atraente.
Comi sozinho duzentos gramas de queijo.

8- ÓTICO OU ÓPTICO?
Segundo o dicionário Aurélio (Século XXI) - temos:

- Ótico: Relativo ou pertencente ao ouvido;
- Ótico 2: v. óptico;
- Óptico: Relativo à visão, ou ao olho; ocular.

Assim, o adjetivo "ótico" que deveria ser usado somente para o ouvido, por ser também uma forma variante de "óptico", pode ser usado para a visão, para o olho. O adjetivo "óptico", porém, só pode ser usado para a visão.

9- PASSAR DE ANO OU PASSAR O ANO?
Embora a forma "passar de ano" já esteja muito incorporada à linguagem do nosso dia-a-dia, o certo é falar "PASSAR O ANO".
Ana, por não ter estudado muito, não passou o ano.

10- PERCA OU PERDA?

- Perda: tem, entre outros, o sentido de "ato de perder", "prejuízo", "dano".
Por causa das fortes chuvas, foram muito grandes as perdas dos agricultores.

- Perca: é a forma do verbo "perder".
Espero que você não perca a paciência.

Não convém empregar expressões como "perca de tempo", "as percas foram grandes", etc.

10/10/2006

 

Dificuldades da Língua Portuguesa

1- A / Há
Quando nos referimos a um determinado espaço de tempo, podemos escrever há ou a, nas seguintes situações:

- A: quando o espaço de tempo ainda não transcorreu.
Ela voltará daqui a dez minutos.

- HÁ: quando o espaço de tempo já tiver decorrido.
Ela saiu há dez minutos.

2- A CERCA DE / ACERCA DE / HÁ CERCA DE

- A CERCA DE: significa "a uma distância de".
Rio Grande fica a cerca de quatro horas de automóvel da capital.

- ACERCA DE: equivale a "sobre", "a respeito de".
Conversaram acerca de política.

- Há CERCA DE: equivalente a "existe(m)" ou "faz aproximadamente".
Há cerca de doze mil vestibulandos concorrendo às vagas na Universidade.
Não vejo aquele professor há cerca de seis anos.

3- AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A

- AO ENCONTRO DE: significa "favorável a", "para junto de".
Esta decisão veio ao encontro do desejo da turma.

- DE ENCONTRO A: equivalente a "contra", idéia de oposição.
Um carro foi de encontro a outro.

4- A FIM / AFIM

- A FIM (de): igual a "finalidade".
Veio a fim de conhecer os parentes.

- AFIM: equivalente a "semelhante".
O gosto dela era afim ao da turma.

5- AO INVÉS DE / EM VEZ DE

- AO INVÉS DE: significa "ao contrário de".
Ao invés de proteger, resolveu não assumir.

- EM VEZ DE: significa "em lugar de".
Em vez de Márcia, Paula foi escolhida secretária.

6- AONDE / ONDE / DE ONDE

- AONDE: com verbos que indicam movimento, um destino, como o verbo ir.
Aonde você vai?
Aonde você quer chegar?

- ONDE: com verbos que indicam permanência, como o verbo estar.
Onde você está?
A casa onde moro é muito bonita.

- DE ONDE ou DONDE: com verbos que indicam procedência.
De onde você saiu?
Donde você surgiu?

7- DE MAIS / DEMAIS

- DE MAIS: quando apresenta o sentido oposto à "de menos" (= após um substantivo ou pronome).
Há homens de menos para mulheres de mais.
Para Joana, chegar a casa de madrugada não tem nada de mais.

- DEMAIS (= junto): é advérbio de intensidade (= muito) ou pronome indefinido (= o restante, os outros).
Luíza fala demais. (= fala muito - advérbio)
Uns vaiavam, os demais aplaudiam. (= o restante - pronome)

8- DIA A DIA / DIA-A-DIA.
Como uma expressão adverbial, revelando uma circunstância de tempo e significando "diariamente", não deve ser empregado o hífen.
Dia a dia, surge uma novidade no campo da Medicina.
Sendo um substantivo composto, com o sentido de "cotidiano", devemos empregar o hífen.
O dia-a-dia das grandes cidades está cada vez mais violento.

9- SE NÃO / SENÃO

- SE (= conjunção condicional) NÃO (advérbio de negação): Esta forma é empregada quando se pode substituir o "se" por "na hipótese de" ou "caso".
Se não chover, irei à praia amanhã. (Caso não chova...)

- SENÃO: Deve-se utilizar esta forma em certas situações específicas.
Vá de uma vez, André! Senão (do contrário) você irá perder o avião.
Essas laranjas não são do tipo seleta, senão (mas sim, porém) lima.
Não havia um senão (defeito, falha) naquele carro que vendi.
Você não pode comer doces, senão (apenas, somente) os dietéticos.

10- À TOA / À-TOA

À TOA (sem hífen): significa "a esmo", "sem razão", "irrefletidamente".
"Gosto de andar à toa".
"À tarde, ele passa horas à toa".

À-TOA (com hífen): significa "desprezível", "sem importância".
"Foi um gesto à-toa".
"É um homem à-toa".

QUAL USAR?

A NÍVEL DE ou EM NÍVEL DE?

Em verdade, a forma "a nível de" está incorreta. Deste modo, devemos usar a expressão "em nível de", mesmo assim somente quando houver "níveis".
Este problema só poderá ser resolvido em nível de diretoria (assessoria, secretaria...).
As decisões tomadas em nível federal (estadual, municipal) poderão ser definitivas.
Observação: Quanto ao mar, é aceitável dizer "ao nível do mar" ou "no nível do mar".

03/10/2006

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